As vezes sentimos que não somos boas o suficiente para servir a Deus ou ajudar outras pessoas, mas esse é um sentimento comum do ser humano. Se existiu uma mulher com motivos para sentir que não tinha nada de valor para oferecer a Deus, essa mulher foi Raabe, uma prostituta que viveu na cidade de Jericó. Não sabemos o que a levou a esse trabalho duvidoso; talvez porque achasse que não havia outra escolha.
Embora as circunstâncias da sua vida estivessem longe de serem ideais, Raabe não permitiu que elas endurecessem o seu coração. Possuía uma grande porção de fé e sabedoria. Intuitivamente entendeu que o único Deus verdadeiro estava do lado de Israel, e escolheu posicionar-se desse lado.
Sua história mostra-nos que não há pessoa que esteja fora do alcance do milagre da fé. Deus guiou os espias até a sua casa porque tinha um propósito para com ela. Raabe fazia parte dos planos divinos, foi escolhida e salva devido à sua hospitalidade.
Em Tiago 2:25 ele afirma: "E de igual modo não foi a meretriz [Raabe] também justificada pelas obras, quando acolheu os espias, e os fez sair por outro caminho?". A recepção dada por Raabe aos espias foi amigável; e ela os ajudou no seu propósito. Ela agiu de conformidade com a sua fé. Ela creu na soberania de Deus: "Bem sei que o Senhor vos deu esta terra", (Josué 2:8). Creu que Deus opera maravilhas: "Porque temos ouvido que o Senhor secou as águas do Mar Vermelho diante de vós, quando saístes do Egito", (Josué 2:10). Ela demonstra crer no que diz!
Outro fato importante foi a quebra de maldição (prostituição) na sua vida. Ela se tornou esposa de Salmom e mãe de Boaz, um ancestral de Davi, que evidentemente pertencia à árvore genealógica de Jesus. Ela nunca poderia imaginar que seria capaz de obter tão grande vitória mediante a fé.
E é isso o que Deus quer nos ensinar: não importa a situação em que nos encontramos hoje. Ele é o Deus que mudou a história de Raabe e pode mudar a nossa também. Para que isso aconteça, basta somente praticarmos a fé. "Não temas, crê somente", (Marcos 5:6).
